Suspeito confessou os crimes, alegando que era aliciado pelas filhas
Um pastor de 79 anos foi preso pela Polícia Civil de Alagoas, por meio do Niesp (Núcleo de Investigação Especial), coordenado pelo delegado Sidney Tenório, em Amaraji, em Pernambuco, acusado de cometer o crime de estupro de vulnerável contra suas duas filhas gêmeas adotivas. As vítimas vinham sofrendo com os estupros desde os sete anos, quando a família ainda residia em Itaquaquecetuba.
As vítimas foram abusadas sexualmente até os 14 anos e as investigações, segundo o chefe de operações do Niesp, Welber Cardoso, revelaram que o acusado, pastor há 30 anos, vivia normalmente em Amaraji.
Com o apoio da delegacia local, liderada pelo delegado José João de Oliveira Lins, os policiais do Niesp efetuaram a prisão na residência do pastor. A comunidade local ficou surpresa com a ação, dada a então reconhecida reputação do pastor.
Após a prisão, ele foi conduzido à Delegacia de Amaraji e, posteriormente, transferido para a Central de Polícia de Arapiraca, onde aguarda audiência de custódia. A ação contou com o apoio da Dinpol (Diretoria de Inteligência Policial), sob a coordenação do delegado Thales Araújo.
Segundo relatos, os últimos abusos que o pastor cometeu contra uma de suas filhas adotivas foi em maio de 2022, quando ela tinha 14 anos, na residência da família, localizada em um sítio na zona rural de Craíbas, em Alagoas. No mesmo dia, ele também abusou da outra irmã.
Durante a prisão, o pastor confessou os crimes, alegando que era aliciado pelas filhas. O acusado, natural de Caruaru, Pernambuco, viveu 50 anos em São Paulo, onde constituiu família e teve três filhos. Após a morte da esposa, conheceu a mãe das vítimas, com quem se casou e adotou as gêmeas. Os crimes continuaram após a mudança para Craíbas, quando o pastor se aposentou.
As vítimas, ao completarem 14 anos, compreenderam a gravidade dos abusos e denunciaram os crimes à irmã mais velha, que ajudou a expor o caso e buscar justiça. O caso chegou ao conhecimento do Niesp através de um comentário da irmã das vítimas na rede social da Polícia Civil de Alagoas. Após dois anos pedindo ajuda, a denúncia foi investigada e resultou na prisão do pastor.
No momento da prisão, a atual esposa do pastor disse que não sabia da prática do crime. Ela tinha dois anos de convivência com ele e foi surpreendida com a prisão.